sábado, 19 de abril de 2014

Dnum Ludovicum Carolum Ferraz – O Sentido do Perdão

“Então lhe disse o Pai: Filho, tu sempre estás comigo, e tudo o que é meu é teu. Era, porém, necessário que houvesse banquete e festim, pois que este teu irmão era morto, e reviveu. Tinha-se perdido e achou-se”. Parábola do Filho Pródigo”, em Lucas 15:11-32. Não, não era lúgubre o lugar. É histórico. Colonial ou Medieval ? Colonial. Reflexivo ou introspectivo? Reflexivo. A meia luz era adequada à projeção do filme e o clima que se criou serviu coincidentemente – coincidência mesmo, perguntaria o peregrino??? – para que todos quantos estivessem no lançamento do livro “Pedras do Caminho II – Sentido do Perdão” pudessem sentir um pouco, debaixo dos pés plantados em pedras brutas no Museu “Casa do Trem Bélico”, uma ideia do que é a caminhada a Santiago de Compostela. Sentir a caminhada, claro, é mera força de expressão, pois só quem a idealiza, planeja e a materializa é que pode dizer. O amigo santista, que saiu Luiz Carlos e voltou Ludovicum Carolum que o diga... Tive o privilégio de estar com o peregrino neste lançamento. Confesso que conversar, ler o livro todo, reler, revisar, palpitar, pode nos inocular a pretensão de que entendemos a coisa. Não é verdade. Assistir ao filme que o próprio Luiz - já “meio Ludovicum” àquela altura – fez, também se estará longe de saber o que é o Caminho, mas certamente ajuda-nos muito na percepção. Quantas e quantas vezes o peregrino deve ter indagado: “Mas o que é o Perdão, afinal?” e... imagino ainda... quantas outras questões devem ter-lhe passado pela cabeça (ou pela alma...) entremeadas pela solidão, euforia, cansaço, orgulho, reconhecimento, questionamentos... O fato é que o agora Ludovicum Carolum ( que para os amigos ainda é o sempre bom e nada velho Luishhhh ) cumpriu a missão que tinha. Fechou este ciclo com a tarde/noite de autógrafos. Amigos, sim, muitos amigos foram abraçá-lo e pedir autógrafo. Antes, visitamos a tal Casa do Trem Bélico – um convite à História do Brasil da bela Santos dos valentes marinheiros e soldados em defesa das novas terras e da construção de um novo país – e mergulhamos no clima. Santos, Santiago... Santiago, Santos... Santos, Santiago... tudo isso remete ao céu e à terra. Ao pleno e ao parcial, ao pronto e aquele ainda por fazer. Ao simples e ao sofisticado, ao natural e ao exótico, ao excêntrico. Afinal, a vida é desse jeito mesmo. Acho até que por brincadeira, de vez em quando algum anjo maroto embaralha todas as cartas do nosso roteiro só pra ver até onde a gente consegue ir sem se perder. Ou desistir. Cada qual vai ter de fazer o seu caminho. Aquele que a gente só aprende a fazer caminhando. Ao amigo Ludovicum o meu forte abraço e agradecimento pela oportunidade de compartilhar esta fantástica experiência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário