domingo, 22 de janeiro de 2012

Um brinde à memória do futebol

Ainda há pouco tive o privilégio de ouvir uma dos maiores gênios da bola, em todo o mundo: Mané Garrincha, em reprise da rádio Jovem Pan, sendo entrevistado pelo então repórter Flávio Prado.

Garrincha conta que amava tanto a bola que o negócio dele era jogar, não ganhar dinheiro. Por isso assinava os contratos em branco. Nascido em Pau Grande, hoje distrito de Magé, no estado do Rio, conta que era muito pobre.

Foi operário em uma fábrica na cidade natal. Deixou de atender convites pra jogar porque precisava trabalhar e ganhar dinheiro pro sustento.

Quando resolveu ser profissional tentou treinar no Vasco. E foi BARRADO ! Motivo: o menino Manoel Francisco dos Santos não tinha chuteiras. Mas não desistiu. Foi bater às portas do Botafogo, onde lhe emprestaram um par de chuteiras e o deixaram treinar.

O moço das pernas tortas, que encantou o mundo e fez vários "Joões" (apelido dado a quem costumava ´quebrar´ nos dribles), contou que tomou muita injeção no joelho pro Botafogo não perder a cota acertada.

Quando tinha derrames no joelho, extraiam-lhe a água e aplicavam injeção para entrar em campo. Isso aconteceu várias vezes. O médico do Botafogo na época ? Lídio de Toledo, que serviu a Seleção Brasileira por muitosssssss anos. Garrincha disse que jogou anos a fio com o joelho estourado. Só foi se recuperar no Corinthians, em 1966, quando jogou bem pouquinho e parou. Aí já era tarde.

O gênio nos deixou em 20 janeiro de 1983, aos 49 anos.

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