sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Em defesa dos Direitos Humanos JÁ ! Antes que não dê mais tempo...

Sou defensor dos Direitos Humanos. Desde que comecei a escrever para jornais (em meados da década de 70, ainda de forma amadora pois era um adolescente), até hoje quando faço matérias especiais, colaborações eventuais para revistas customizadas, sites, blogs etc defendo os Direitos Humanos, uma das boas coisas que a civilização criou no Século XX.

Prego TODOS os direitos para quem trabalha, como eu, desde os 7 anos de idade. Defendo os direitos pra quem começou a trabalhar aos 15, aos 17, ou aos 18...

Defendo ardorosamente os Direitos Humanos daqueles que fazem trabalhos voluntários em asilos, creches, hospitais, de quem adota crianças sem fazer alarde.

Sou defensor dos Direitos Humanos do empresário que fabrica produtos de qualidade, de que tem um comércio legalizado e do prestador de serviços que, mesmo vendo tanta injustiça e incompetência, não desiste de ganhar a vida honestamente e ajudar o seu país a crescer.

Eu defendo os Direitos Humanos da dona de casa que batalha pra cuidar e educar os seus filhos com dignidade. Defendo quem batalha dia a dia para conquistar um diploma, seja de que nível for – técnico, de 1°, de 2° ou de 3° graus e também de pós-graduação. Defendo os direitos dos estudantes do EJA (Educação para Jovens e Adultos, o antigo “Supletivo”), que dá a oportunidade de voltar à escola aqueles que por algum motivo abandonaram os estudos e tempos depois os retomam, buscando um maior progresso na vida.

Defendo os direitos do motorista de táxi que fica o dia inteiro exposto ao perigo e ao estresse absurdo que hoje temos nas principais cidades do país e trabalha honestamente sem dar “cambau” em ninguém para ganhar o seu pão. Defendo os Direitos Humanos dos policiais que incorporam a honestidade como valores fundamentais e imutáveis na vida.

O Rio continua lindo...

Quem me conhece sabe que estas minhas posições não são de hoje. Escrevo a propósito dos episódios lamentáveis que envolvem, uma vez mais, o Rio de Janeiro. Os narcotraficantes, ou seja lá que rótulo deva ter essa gente, firmaram um território próprio e instalaram o poder paralelo.

Eu mesmo tratei do assunto em 1994, na Revista Visão, em feliz entrevista com o juiz (aposentado) Walter Maierovitch. Demorou 16 anos para o Estado admitir que existe o tal “poder paralelo”, como reconhece agora o governo fluminense.

Ainda sobre o Rio, o presidente da República – autoridade máxima deste país – disse que é preciso “proteger os 99% da população de bem do Rio contra os 1% restantes”.

Eu não entendo de estratégia militar. Mas a minha experiência de vida já me permite discernir entre uma cidade de paz e uma em estado de guerra. E o Rio de Janeiro está em guerra. Bombas de baixo, médio e alto poder destrutivo, granadas e armas pesadas fazem parte do arsenal desses delinquentes. Até helicóptero da polícia já foi abatido. Os traficantes, ou o nome que o valha, declararam guerra ao Estado e à sociedade portanto.

Defensores profissionais, ou amadores, de bandidos são contra a carga pesada contra os vagabundos. Preferem deixar 99% da população de joelhos, quando não a sete palmos abaixo da terra. Não desejam extirpar o câncer social. Com a devida licença poética para usar a metáfora, esses tais optam por tratar o câncer comprovadamente maligno com analgésico e “conversê”, afirmando que uma ação pesada como a quimioterapia para destruí-lo iria impressionar negativamente demais... Esse mesmo pensamento prefere correr o risco de sacrificar os 99% do organismo saudável e de expôs-los a uma metástase e risco de óbito.

Em certa ocasião – cerca de uns 3 anos aproximadamente - comentava esse caos que tomou conta do Rio com uma das pessoas que mais amo na minha vida – o meu filho mais velho. Disse-lhe, à época, que só tinha um jeito de acabar com isso, por tudo que tinha lido, ouvido e perguntado pra quem conhece o assunto. Na minha opinião o jeito era chamar as Forças Armadas, cercar as favelas com tanques de guerra e, de lá de cima, nas cabeceiras estratégicas dos morros, descer grupos de para-quedistas em operação de assalto, com a ordem de fuzilar a todos – todos mesmo !!! – que estivessem com algum tipo de arma na mão.

Ele ficou horrorizado com a posição de seu pai até então vista como altamente democrática. E eu tentei argumentar que democracia é isto mesmo, preservar o direito da maioria. Defender o estado de direito, as pessoas decentes, a sociedade etc etc etc... Ele não se convenceu disso e manteve a opinião de que era preciso “respeitar as comunidades e buscar o diálogo”. Assim como fazem alguns deputados e sociólogos de plantão que certamente não moram nas linhas de tiro e nem tiveram filhos mortos por “balas perdidas”, carros explodidos e ônibus queimados no meio da rua.

Como eu o ensinei sempre a respeitar a opinião alheia – sem obrigatoriamente concordar – respeitei a dele. Mas discordo até hoje. E ainda que a passos de cágado a minha tese parece que vai se confirmando. A chegada dos tanques da Marinha nos morros, ontem, já é um primeiro sinal de que o governo sabe que existe uma guerra, mas sabe-se-lá porque motivo não a quer declarar oficialmente.

Entendo que é o caso de se passar o comando para as Forças Armadas já - porque as PMs são força-auxiliar do Exército, desde que foram criadas – e deixar que façam o serviço de guerra de forma profissional, de modo a proteger os 99% da população.

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