domingo, 11 de outubro de 2009

A velha e detestável mordaça

A tentativa de controlar a imprensa não é nova. Nem privilégio deste ou daquele país. Governo de "direita", de "esquerda", dos "muito pelo contrário" já o fizeram e o fazem até hoje. A História é pródiga neste quesito. Amordaçar as liberdades é uma forma de tentar reinar da forma mais absoluta possível.

EUA, Cuba e Venezuela - O direitista Bush fez isso com maestria na invasão dos Estados Unidos ao Iraque. Os esquerdistas Raúl Castro e Hugo Chávez também. O presidente de Cuba coloca filtros na internet, a exemplo do que fazemos os chineses. O blog de Yoani Sánchez, "Generación Y", tem mais de 10 milhões de acessos / mês mas não pode ser lido em Cuba. Chávez, revoltado com quem lhe criticou, fechou uma tradicional emissora de TV na Venezuela.

O simpático presidente Obama, de uma forma branda e suave também vem controlando os repórteres em entrevistas coletivas. A Casa Branca produz relatórios de notícias para distribuir à imprensa e este são "engolidos" facilmente. Há notícia de que a Casa Branca de Barack Obama gastaria hoje mais de US$ 80.000 por semana para prover de pessoal os gabinetes de mídia. A isto, somam-se o preço dos redatores de discurso e esta conta vai bater pertinho dos US$100.000 por semana - ou quase US$5 milhões por ano. E isto somente com salários. Consta que Obama está gastando com o seu aporte de comunicação 12 % a mais do que gastou o antecessor Bush; ou seja, US$4,9 milhões comparados com os US$4,4 milhões.

Brasil -Enquanto isto... no Brasil... país em que se respira democracia... não custa nada lembrar que o festejado presidente Lula tentou expulsar um jornalista estrangeiro que falou mal dele (Larry Rohter, correspondente do New York Times no Brasil, em maio de 2004 publicou matéria com o seguinte título: “Gosto do dirigente brasileiro por bebida torna-se preocupação nacional), tentou controlar a imprensa através de um suspeito Conselho Federal de Jornalismo, que seria tocado pela companheirada do PT e, de quebra, tentou controlar a Ancinav também.

Não é demais tambpém lembrar que no país em que se respira democracia, o jornal O Estado de São Paulo sofre censura, desde 31 de julho último, quando o desembargador Dácio Vieira, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), proibiu O Estado de publicar reportagens que contenham informações da Operação "Boi Barrica". O recurso judicial é de autoria do empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney

A decisão judicial determina que o Estadão não publique mais informações sobre a investigação da Polícia Federal e proíbe os demais veículos de comunicação - emissoras de rádio e televisão, além de jornais de todo o País - de utilizarem ou citarem material publicado pelo Estado.

Pérsia -No Irã, o Facebook está proibido.

Argentina - Agora o casal Néstor e Cristina Kirchner, que nunca escondeu divergências com os principais meios de comunicação do país, sobretudo com os que se atrevem a criticar o governo, colhe uma vitória no Parlamento ao ver aprovado pelo Senado (na madrugada do sábado, 10 de outubro, projeto de lei que controla os meios de comunicação naquele país.

O jornal La Nación já tinha sido considerado, publicamente, inimigo do casal. Em viagens internacionais os enviados do jornal são excluídos do avião presidencial. Também por cirticar o atual governo, jornalistas do grupo Clarín têm sua entrada proibida na Casa Rosada.

A constituição de um "Observatório dos Meios de Comunicação", comandado pelo Estado kirchnernista, em parceria com a Universidade Nacional de Buenos Aires, é um organismo novo e já foi batizado pela imprensa local de "guarita midiática".

A presidente Cristina diz que os meios de comunicação de seu país cometem atos de discriminação e não oferecem aos argentinos uma visão imparcial da realidade.

E infelizmente a coisa não para por aí. Exemplos abundam na mão dessas gentes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário